Fundamentos intermediários de aprendizagem personalizada: gestores millennials podem potencializar a adoção da IA

Esta é a parte 2 de uma trilogia. Leia a parte 1 aqui.

Eu sou da chamada geração Millennial e não tinha décadas de experiência em liderança quando assumi meu primeiro cargo de gestão. Por outro lado, eu tinha curiosidade e disposição para testar ferramentas novas. Experimentei plataformas que me ajudaram a agilizar o processo de integração de novos colaboradores, a entender os pontos fortes da minha equipe e a fazer os projetos avançarem. Mais do que conveniente, essa abertura para a tecnologia se tornou uma forma de sanar lacunas e ter autoconfiança para liderar.

Outro dia me peguei pensando: será que a flexibilidade dos millennials é o segredo para vencer o abismo existente entre os modos tradicionais de trabalho e as novas táticas que priorizam as tecnologias? Somos nativos digitais e crescemos usando a tecnologia com o pé nas costas. Fomos os primeiros usuários do Slack e do Zoom no ambiente de trabalho. E, sim, ensinamos todo mundo — provavelmente mais de uma vez — a exportar um documento como PDF. Agora, estamos prontos para fomentar a aprendizagem com recursos de IA. 

Eis aqui a minha proposta para líderes de T&D: usem os millennials como facilitadores da transformação com IA. A partir do momento em que líderes de T&D firmarem parcerias conosco, millennials, a adoção tenderá a ser um processo menos pedregoso. Vai ser contagiante! Nós sabemos fazer a moda pegar. Por isso, esta parte do nosso curso ensina a contar com seus gestores millennials para personalizar a aprendizagem de um jeito inédito.

Aula 1: a adoção começa pelas pessoas, não pelas plataformas

A aprendizagem corporativa sempre correu atrás da personalização, que, por anos, se resumiu a recomendar uma lista de cursos com base no departamento do colaborador. Hoje, a IA virou o jogo. As plataformas são capazes de identificar as habilidades que o colaborador tem, mapeá-las conforme os objetivos profissionais para, então, ajustar trilhas que acompanham o desenvolvimento de cada um.

Contudo, eu aprendi algo como líder: a tecnologia não gera mudanças por vontade própria. As pessoas, sim. Minhas equipes jamais ficaram empolgadas com “um sistema novo” só porque o RH o implantou. As pessoas começavam a usar as novidades depois que me viam usando, compartilhando resultados e mostrando como o trabalho delas ficaria mais fácil.

“A tecnologia não gera mudanças por vontade própria. As pessoas, sim.” – Jennifer Edwards

Gestores millennials estão em uma posição privilegiadíssima para fomentar esse tipo de adoção. Afinal, nós:

Ao utilizarem IA na aprendizagem, os gestores mostram para os colaboradores que se trata de algo normal.

Aula 2: a IA derruba obstáculos e promove o coaching para a aprendizagem personalizada

Eu percebi algo interessante no primeiro projeto-piloto que lancei com uma ferramenta de aprendizagem com IA: minha equipe deixou de desperdiçar horas pesquisando materiais. A plataforma oferecia de forma explícita exatamente o que cada um precisava, no momento certo.

Assim é a IA na aprendizagem:

Como gestora, vejo o Degreed Maestro como algo revolucionário. Essa nossa IA desenvolvida especialmente para a aprendizagem me ajudou a me tornar uma coach melhor. Em vez de tentar adivinhar quais eram as necessidades da minha equipe, passei a ter insights sobre as habilidades e os avanços de cada um. Com isso, minhas reuniões individuais ganharam mais expressividade, e nosso trabalhou passou a ser mais produtivo.

Aula 3: os gestores multiplicam o impacto da AI

Na minha experiência, percebo uma diferença clara:

Quando contei para minha equipe que a IA me ajudou a fazer uma pesquisa de inteligência competitiva na metade do tempo que costumava levar, todo mundo passou a usá-la também. Eu não “vendi” a tecnologia para os colaboradores, mas mostrei o que ela era capaz de fazer.

Isso explica por que gestores millennials são multiplicadores. Nossa disposição para experimentar novidades e compartilhar resultados confere credibilidade ao uso da IA na aprendizagem para todas as gerações que estão sob a nossa liderança.

Aula 4: líderes de T&D podem recorrer a gestores millennials desde já

Como contar com gestores millennials para acelerar a adoção da aprendizagem com IA?

  1. Comece dando pequenos passos: convide um grupo de gestores millennials para participarem de um projeto-piloto de trilhas com curadoria feita por IA em áreas como liderança ou habilidades digitais. [Degreed Open Library]
  2. Disponibilize uma plataforma: estimule-os a compartilhar resultados positivos e situações com os colegas. Um breve estudo de caso ou uma história de sucesso da equipe inspiram confiança. 
  3. Contextualize: não entregue roteiros de mão beijada. Em vez disso, mostre como a IA conecta desenvolvimento de habilidades, retenção ou produtividade. Pode deixar que os millennials darão conta de traduzir essa mensagem para as equipes que lideram.
  4. Reconheça vitórias: destaque gestores millennials que promoveram a adoção de ferramentas nos meios de comunicação internos da empresa. Essa visibilidade os deixará motivados e validará o esforço que dedicaram à iniciativa.

Tarefa: identifique cinco gestores em funções muito suscetíveis a mudanças. Inclua-os em um projeto-piloto de aprendizagem com IA. Peça que eles apresentem resultados como aceleração do processo de integração de novos colaboradores ou aumento do engajamento da equipe na próxima reunião de liderança.

A IA possibilita que aprendizagem seja personalizada em larga escala. Contudo, a adoção depende das pessoas, não de plataformas. Como gestora millennial, vejo como as equipes têm reagido rapidamente quando percebem que a tecnologia facilita o trabalho e abre as portas para um futuro promissor.

É por isso que as empresas não podem subestimar essa geração. Mais do que confortáveis com a IA, temos segurança para utilizá-la. Quando as organizações deixarem que os gestores millennials sejam os condutores dessa gigantesca transformação, a IA na aprendizagem não será meramente implementada, mas sim integrada por completo às operações.

Quando os millennials tiverem autonomia para ditar o ritmo da transformação, mais do que acompanhar as mudanças, as organizações ditarão o ritmo dessas mudanças.

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